Resumo: | Introdução: O cuidado à saúde da populãção em situação de rua tornou-se um grande desafio em decorrência da elevação do número de pessoas nessa condição, em especial na região central de áreas metropolitanas no Brasil, nas últimas décadas. Além das condições deterioradas de vida e saúde, o acesso aos serviços de saúde é muitas vezes dificultado pelo estgma que sofre essa população. Na perspectiva da equidade e integralidade, o Centro de Saúe Escola Barra Funda - Dr. Alexandre Vranjac, localizado na região central do Município de São Paulo, tem propiciado acesso a essa população por meio da reorganização das ações do cuidado à saúde. O diagnóstico das condições de vida e saúde é fundamental para instrumentalizar as ações organizadas pelo serviço. Tornam-se, portanto, fundamental aprofundar o conhecimento relativo às condições que elevam a vulnerabilidade dessa população em relação às infecções sexualmente transmissíveis, HIV e aids, considerando que a ocorrência dessas doenças está sendo mais frequente na população mais pobre. Objetivo: Investigar os conhecimentos, atitudes e práticas em relação às infecções sexualmente transmissíveis e infecção pelo HIV da população adulta em situação de rua que frequenta o CSEBF-AV. Método: Estudo transversal para levantamento de conhecimentos, atitudes e práticas e aplicado por entrevistadoras, durante o período de atendimento dos usuários no serviço. As informações foram obtidas por meio de um questionário padronizado e aplicado por entrevistadoras, no período de dezembro de 2005 a março de 2006. A pesquisa teve início após aprovação do Comitê de Ética e foi preenchido em duas vias o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Foram calculadas as frequencias dos conhecimentos, atitudes e práticas e analisadas em relação ao uso de preservativo. Foram entrevistados 165 usuários dos quais 69 por cento eram homens e 66 por cento negros. Aproximadamente 42 por cento referiram escolaridade de até quatro anos de estudo e somente 15 por cento referiram ser casados ou amasiados. Do total de entrevistados, 66 por cento já acessaram o serviço, sendo o Posto de Saúde o principal deles. A maioria relatou bom conhecimento a respeito das formas de transmissão das IST/HIV e 63 por cento já realizaram o exame de sorologia anti-HIV. Do total de entrevistados, apenas 31,9 por cento relataram não utilizar preservativo nos últimos seis meses. Em relação aos fatores associados ao uso do preservativo...(AU).
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