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Id: | 3500
| Autor: | Lopes, Fernanda
| Título: | Mulheres negras e não negras vivendo com HIV/AIDS no estado de São Paulo: um estudo sobre suas vulnerabilidades
Black and non-black women living with HIV/AIDS in São Paulo State: a study on their vulnerabilities-
| Fonte: | São Paulo; s.n; 2003. [208] p. tab.
| Tese: | Apresentada a Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia para obtenção do grau de Doutor.
| Resumo: | Objetivo. O estudo buscou compreender a vulnerabilidade de mulheres negras e não negras que vivem com HIV/AIDS à reinfecção e ao adoecimento, em três serviços públicos de referência para o tratamento de DST/AIDS do estado de São Paulo. Métodos. As mulheres souberam da pesquisa após contato com a equipe de recepção das instituições, na sala de espera, e aquelas que aceitaram participar assinaram o termo de consentimento pós-informado. As entrevistas realizaram-se em ambiente privado e foram conduzidas por profissionais do sexo feminino, de nível superior, com o auxílio de um questionário semi-estruturado que possibilitava à entrevistada falar sobre suas experiências e impressões em diferentes momentos da vida, especialmente depois da revelação do diagnóstico de soropositividade para o HIV. Na análise estatística utilizou-se o teste qui-quadrado Pearson e intervalos de confiança de 95 por cento. Para estudar a interação entre as variáveis utilizou-se o modelo loglinear CHAIS (Chi-squared Automatic Interaction Detector). Os programas de análise estatística utilizados foram: EpiInfo versão 6.04, SPSS versão 8.0 and Answer Tree versão 3.0. Resultados. Condições de ordem social e fatores de ordem cognitiva contribuíram mais fortemente para a vulnerabilidade individual de mulheres negras. Os achados permitiram identificar que as mulheres negras estavam menos conscientes sobre o problema e sobre as formas de enfrentá-lo, encontrando, na maioria das situações, menores possibilidades de transformar suas condutas. Do ponto de vista subjetivo, a qualidade do aconselhamento anterior e posterior ao teste, a piora da vida sexual após o diagnóstico e a dificuldade em falar sobre o assunto com os profissionais mais diretamente envolvidos no cuidado, como é o caso dos médicos infectologista e ginecologista, também influenciaram os processos de vulnerabilização. As mulheres não negras apresentam-se mais atentas em avaliar as situações inadequadas ocorridas em serviços de saúde. Conclusões. Ao incorporar a raça como categoria analítica foi possível compreender melhor a multidimensionalidade, a instabilidade e a assimetria da vulnerabilidade. As experiências e as impressões descritas pelas mulheres estudadas apontam a necessidade de reconhecimento das diferenças e de suas especificidades e a necessidade de ampliação do repertório de direitos que as mulheres dominam para que elas próprias cooperem na redução ou superação de suas vulnerabilidades(AU).
| Descritores: | Mulheres/psicol Saúde da Mulher Grupo com Ancestrais do Continente Africano Grupos de Populações Continentais Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/prev HIV-1 Vulnerabilidade Social Vulnerabilidade Assistência à Saúde
| Limites: | Feminino Adulto
| Meio Eletrônico: | http://www.crt.saude.sp.gov.br/resources/crt_aids/...
| Localização: | BR1310.1; T0234 |
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